20150428

Mulheres na liderança dificultam a ascensão de outras mulheres

Novo estudo indica que uma mulher na cúpula dificulta a promoção de outra mulher à liderança de uma empresa.

Uma mulher no comando de uma empresa pode limitar a ascensão de outras mulheres ao topo.

Uma nova pesquisa da faculdade de administração Robert H. Smith, da Universidade de Maryland, e da Faculdade de Administração da Universidade Columbia revela que as chances de uma mulher ocupar um dos cinco cargos executivos com remuneração mais alta de uma empresa caem 51% se já houver uma mulher na equipe.

A explicação não é totalmente clara, mas os autores especulam que a existência de preconceitos inconscientes é um dos fatores.

Para Cristian Dezso, professor associado da faculdade de administração da Universidade de Maryland e um dos autores do estudo, a explicação pode estar no fato de os principais administradores homens estarem apenas preenchendo um quesito. Segundo ele, não há mais esforço e esses executivos não preparam uma segunda mulher para que ela possa assumir um cargo de comando. “É só uma e acabou.”

O percentual de empresas do índice S&P 1500 com um executivo principal do sexo feminino cresceu de 1,6% em 1992, para 8,7% em 2011, segundo o estudo, que será publicado no Strategic Management Journal. Mas entre as empresas com mulheres ocupando algum dos cinco principais cargos, a maioria possui apenas uma mulher nesse grupo.

Para ir mais fundo nessa dinâmica, os pesquisadores criaram 100 amostras simuladas das 1.500 empresas [do índice], mantendo o total de mulheres executivas consistente, mas distribuindo-as aleatoriamente (os pesquisadores replicaram algumas condições das empresas reais, como o desempenho delas). Nas amostras simuladas, eles descobriram que as mulheres foram agrupadas diferentemente – elas aparecem na mesma equipe de administração mais frequentemente que os padrões presentes no S&P 1500 real.

Dezso levanta a hipótese de que as empresas possuem cotas implícitas em vigor, criadas por preconceitos inconscientes. Talvez, diz ele, os executivos homens não acreditam que as mulheres terão um desempenho tão bom como o deles, ou que a presença de mulheres na equipe de comando afetará o desempenho da empresa (essa é uma perspectiva que Dezso diz ter refutado em um estudo anterior, que revelou que as mulheres não pioram, e na verdade podem melhorar o desempenho de uma empresa).

Os homens executivos podem resistir ativamente à promoção de mulheres para as camadas mais elevadas de administração, ou podem trabalhar contra elas mais sutilmente, por exemplo, ao não alocar recursos para orientação e treinamento, diz ele.

Mulheres com desempenho elevado que buscam melhores colocações no topo da empresa em que trabalham podem precisar procurar em outro lugar se já houver uma mulher na equipe de comando, já que os números sugerem que elas não devem chegar ao topo da empresa atual.

Em empresas com uma diretora-presidente, os pesquisadores descobriram que o efeito de “só uma e acabou” não era tão pronunciado; nesse caso, a probabilidade é maior de se ter mulheres na principal equipe administrativa, mas não tão provável como nas amostras simuladas no estudo.

“Encontramos evidências da ideia de que mulheres se ajudam, mas essa ajuda, mesmo vinda de diretoras-presidentes, ainda não é o suficiente para superar a resistência potencial de administradores homens”, diz Dezso. Fonte The Wall Street Journal.

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